Acompanhar a sustentabilidade financeira é essencial para o sucesso de sua empresa.
A administração financeira é um dos aspectos mais importantes para a sobrevivência de um negócio. A melhor forma de se fazer isso é conhecer os indicadores financeiros, pois são eles que ajudam a entender a saúde financeira do seu negócio.
Um dos indicadores essenciais para acompanhar são os índices de liquidez, que ajudam a entender se a sua empresa conseguirá honrar as obrigações e as dívidas ou se terá problemas para quitar os compromissos.
Mas o que seria liquidez?
A liquidez é a capacidade de converter um ativo em dinheiro.
Se algo tem alta liquidez, significa que tem facilidade de ser vendido, logo, de transformar-se em dinheiro. Por exemplo, no mercado financeiro, os ativos são as ações; no mercado imobiliário, um apartamento. Para você, qual desses ativos tem maior liquidez? As ações, correto? Pois é mais fácil vender uma ação (mesmo que perca valor em um momento negativo para o mercado) do que um apartamento.
Para a empresa, a situação ideal é uma conversão que seja rápida, pois quanto maior for a velocidade dessa troca, melhor será o resultado.
Preste atenção!
A empresa que administra bem seu fluxo de caixa e mantém seus compromissos em dia tem alta liquidez.
A empresa que tem grande endividamento e pouca capacidade financeira é considerada de baixa liquidez.
Tipos de liquidez
Além de auxiliar na saúde financeira, os indicadores de liquidez avaliam a credibilidade da empresa ante o mercado. Eles também visam medir a habilidade de uma empresa para cumprir as obrigações assumidas.
Liquidez corrente: demostra a capacidade do negócio de quitar todas as dívidas que vencerão no curto prazo (normalmente até um ano) com ativo circulante, que são os bens e direitos de uma empresa que podem ser convertidos no curto prazo, o que inclui o caixa, as contas em movimento, o estoque e as aplicações financeiras. Ou seja, quanto maior o índice, melhor para o negócio. Sua fórmula é LC = ativo circulante ÷ passivo circulante (dívidas como contas a pagar e impostos, que devem ser pagos no curto prazo).
Liquidez seca: é semelhante à corrente, porém exclui o que está em estoque, o que, muitas vezes, gera a falsa ideia de liquidez. É esse cálculo, entretanto, que revela se a empresa depende de estoque e de outros itens para demonstrar liquidez. Pelo fato de ser um índice mais rigoroso, no cálculo do ativo, o índice de liquidez seca será sempre menor que o índice de liquidez corrente. Seu cálculo é: LS = ativo circulante – estoques – despesas antecipadas ÷ passivo circulante.
Liquidez imediata: também denominada de absoluta, demonstra se a empresa é capaz de honrar os seus compromissos somente com o que tem disponível. O cálculo é: LI = disponível ÷ passivo circulante. Digamos que a empresa tenha R$ 100 mil disponível e passivo circulante de R$ 120 mil. Logo, a LI é de 83%, ou seja, a empresa tem de imediato cerca de 83% do valor necessário para pagar todas as suas obrigações de curto prazo.
Liquidez geral: é utilizada para se verificar a capacidade da empresa de honrar suas obrigações no curto e longo prazos. Nesse cálculo, o gestor pode definir se o negócio, nos últimos anos, tem perdido ou ganhado liquidez. A fórmula é simples: Liquidez geral = (ativo circulante + realizável a longo prazo) / (passivo circulante + passivo não circulante).
Ganhe tempo e cuide do que é seu
Anote qualquer (qualquer mesmo!) cálculo que fizer – em caderno, planilha ou software adequado. O importante é sempre lembrar de registrar todas as entradas (recebimentos) e saídas (gastos) para não errar na hora de calcular a capacidade de pagamento, seja para mais, seja para menos.
A capacidade de pagamento de uma empresa é uma estimativa baseada no seu histórico de recebimentos e gastos. Portanto, se o gasto aumentar ou diminuir seu recebimento, ou aumentar sua inadimplência, sua capacidade de pagamento também irá diminuir. Por isso, é essencial o acompanhamento do fluxo de caixa da sua empresa.
Importante!
O recomendado é que toda empresa consulte sobre a situação financeira dos seus consumidores, fornecedores e parceiros comerciais em potencial.