Como aprender a investir na bolsa de valores
Você sempre quis aprender a investir seu dinheiro em ações mas nunca soube como investir na bolsa de valores? Esse é o seu dia de sorte então, pois hoje eu vou te ensinar passo a passo tudo o que você precisa saber para se tornar um investidor na bolsa de valores com resultados consistentes.
A primeira coisa que eu tenho que falar são sobre as concepções erradas e os vieses que muitas vezes a grande maioria das pessoas possuem quando se fala em investimento em bolsa de valores. Vou começar por essa parte pois acredito que a sua mentalidade e a sua perspectiva sobre a ideia do que seja realmente investir é a principal diferença entre conseguir investir com sucesso de forma consistente na bolsa de valores e tentar repetidamente aprender a investir na bolsa mas nunca obter resultados satisfatórios investindo em ações.
Então vou colocar aqui em passos o que você precisa fazer para trilhar um caminho de sucesso nos investimentos, aprendendo como investir em ações mesmo que tenha pouco dinheiro para isso. Vou pular a parte de abrir uma conta em uma corretora porque acredito que você com certeza consegue fazer isso sozinho, se já não o fez, e ao mesmo tempo essa é a parte menos importante para que você invista com sucesso em ações.
Para facilitar o seu entendimento e servir como guia para o que vai ser ensinado aqui, vamos dividir em partes o que é necessário para investir bem e então explorar em detalhes cada uma dessas partes logo em seguida.
Animado? Então vamos começar…
Para investir na bolsa de valores, você precisa:
Mudar a sua mentalidade e parar de acreditar nos mitos sobre o mercado de ações
Definir, exatamente e em números, qual é o seu objetivo final ao investir
Tomar a decisão de investimentos mais importante da sua vida
Montar sua estratégia para investir no mercado de ações e valores mobiliários
Seguir firme investindo e nunca abandonar os princípios do investimento e liberdade financeira que você aprendeu
1. A mentalidade de investidor: O primeiro passo
O primeiro passo para você que quer investir em ações é mudar a sua mentalidade e parar de acreditar nos mitos sobre o mercado financeiro, propagados muitas vezes pelos grandes bancos e corretoras, que desejam te manter prisioneiro dos seus próprios medos ao investir, e, assim, depender constantemente dessas Instituições e do aconselhamento de seus especialistas.
A jornada para começar a se moldar no investidor que você deseja se tornar começa pela sua mente. Dominar a própria mente, ter a perspectiva correta das coisas e grande clareza de visão é pelo menos 95% do jogo. Mas como fazer então para desenvolver sua mente até o ponto em que você possa se tornar um investidor bem sucedido na bolsa de valores?
Tudo começa com a disposição e o comprometimento em constantemente tentar enxergar a realidade como ela efetivamente é, e não como suas emoções e as percepções ilusórias que sua mente irá criar te dizem que ela é. Quando você começa a fazer isso, começa a notar que muitas das verdades que lhe foram ensinadas e das ideias que você consumiu, ainda que passivamente ao longo dos anos, sobre investimentos, nunca existiram de fato.
Para começar, uma das maiores falácias sobre investimentos é a idéia de que, se você é uma “pessoa comum”, ou seja, alguém que não faz parte do mercado financeiro ou que não tenha uma formação específica em economia e finanças, é indispensável que você obtenha a orientação de um “especialista” que irá lhe ajudar a escolher as ações certas, ou até escolhe-las mesmo no seu lugar, pois sem essa assessoria você estará necessariamente “correndo muito risco” de perder seu dinheiro.
É claro que eu não estou sugerindo aqui que você simplesmente pegue o seu dinheiro e saia investindo na bolsa de qualquer modo, sem método ou conhecimento algum sobre o mercado, pois essa é a receita certa para o fracasso (falaremos mais disso adiante). Entretanto, a ideia de que é necessário ser uma pessoa do meio financeiro ou ter anos de formação acadêmica na área para investir com sucesso é absolutamente falaciosa e propaga com constância por grandes bancos e instituições financeiras para que você lhes entregue seu dinheiro sem pestanejar, completamente movido pelo medo.
Esse mito é fácil de ser desbancado, pois são as próprias estatísticas que nos dizem isso. Se pegarmos o desempenho médio da maior parte dos fundos de investimento ao longo das última décadas iremos constatar que quase 96% deles simplesmente não superam o retorno médio registrado pelo mercado de ações a longo prazo. De fato, alguns chegam até a perder dinheiro em muitos anos operando no mercado e outras tem um desempenho tão inferior que, considerando as taxas de administração que você irá pagar, a diferença entre os retornos sobre o seu investimento se tornam gigantescas ao longo dos anos.
Outro fato que comprova esse mito é o próprio modo como os retornos de fundos são geralmente divulgados. Devido a própria volatilidade do mercado, mesmo fundos que a longo prazo apresentam retornos medíocres sobre o capital investido, podem ter alguns poucos anos -,2,3 ou 4 – em que apresentaram bons retornos em sequência, e logo em seguida passam por vários anos desastrosos que acabam por comer grande parte dos ganhos auferidos naqueles anos dourados. Agora, deixa eu te fazer uma pergunta, quando chegar a próxima época de captação de novos clientes investidores para o fundo, qual você acha que serão os anos escolhidos para divulgação de resultados passados obtidos pelo fundo? Pois é…
Na prática, o que vemos é que, ao contrário do que levaram você a acreditar, não há uma probabilidade significativamente maior de que alguém do mercado ou um “especialista” de investimentos dos grandes bancos invista o seu dinheiro melhor do que você. É claro que existem exceções de gestores excepcionais que podem obter resultados muito acima da média e superar o mercado repetidas vezes, mas, como podemos ver pelas próprias estatísticas, essas pessoas são muito mais raras do que normalmente se pensa e, muitas vezes, você não terá sequer acesso a elas.
Assim, a menos que estejamos falando de um gênio dos investimentos como um Warren buffet ou um Ray Dalio, e que você tenha acesso a alguém assim, a melhor pessoa para investir o seu dinheiro no mercado é você. Não terceirize a sua jornada pela liberdade financeira. Não da certo.
Outro motivo forte o suficiente para aprender a investir e começar a fazê-lo por si mesmo é a própria estrutura dos fundos de investimentos. Esses fundos em geral possuem uma série de taxas escondidas que comem o seu retorno a longo prazo e diminuem drasticamente a eficiência dos seus investimentos. Em essência, colocar dinheiro em um fundo – com raras exceções – significa que você irá assumir todos os riscos, confiar seu dinheiro nas mãos de terceiros que serão pagos de qualquer modo – com ou sem resultados – e caso haja uma perda do seu capital você arca sozinho, porém caso o mercado suba e o capital também você ainda paga um extra junto com a taxa normal!
Isso porque a maior parte dos fundos tem prevista uma taxa de administração fixa, ou seja, uma taxa sobre o capital investido que você pagará de qualquer modo, ganhando ou perdendo dinheiro naquele ano. Em geral, essa taxa vai variar entre 1 a 3% do seu capital investido. Em um primeiro momento isso pode não parecer muito mas, quando você se dá conta de que toda a mágica dos investimentos esta na composição dos retornos obtidos em cima do seu capital, ou seja, no fato de a cada ano você obter um percentual em cima de um valor cada vez maior, fica muito claro que mesmo alguns pontos percentuais de taxa de administração terão um efeito exponencial na diminuição do seu retorno a longo prazo, podendo significar a perda de metade até 70% do seu capital total após algumas décadas investindo, considerando-se o retorno médio do mercado.
Como se não bastasse uma taxa a ser paga independentemente de resultados, o que ocorre no caso de muitos fundos também são taxas ocultas, não divulgadas durante a captação de clientes. Uma delas são as “taxas” que você acaba pagando de forma oculta devido a alguns custos de transação, como por exemplo os chamados custos de impacto no mercado, que ocorrem quando um grande fundo faz movimentações em suas ações em um alto volume e acaba gerando um impacto no preço de ações possuídas pelo fundo, algumas vezes representando prejuízo. Outro custo de transação são as comissões de corretagem pagas pelo fundo na negociação de ações.
Embora esses custos ocultos ocorram pela própria dinâmica do mercado, o fato é que se você estivesse investindo seu dinheiro sozinho ao invés de diluí-lo em um grande fundo com volume maciço de dinheiro a ser alocado evitaria prejuízos com impactos gerados pelas movimentações do fundo e evitaria que mais cerca de 1 a 1,5% do seu capital fosse comido por esses custos, segundo estimativas.
Outro tipo de custo oculto são os chamados custos de escoamento. Um fundo de investimento não pode investir 100% do capital sob gestão pois precisa manter um mínimo de liquidez para fazer frente a resgates e outras eventualidades. Ocorre que dinheiro parado em um fundo significa dinheiro que não esta rendendo, o que significa um retorno percentual menor sobre o montante total sob gestão. Estima-se que isso tome em média mais 0,8% em rentabilidade perdida.
Falando em resgate, você provavelmente também pagará uma taxa em um fundo de investimento em torno de 2% se precisar reaver o dinheiro investido. 2%. Ou seja, caso você tenha 50 mil reais investidos em um fundo e queira resgatá-los por qualquer motivo, terá que pagar 1.000 reais para tanto. É um caixa eletrônico bem caro, não acha?
Quando você faz os cálculos e soma todas essas taxas – explícitas e ocultas – você percebe que pode estar perdendo mais da metade da sua rentabilidade anual só em taxas! Mais de 50%! Pior do que imposto de renda. Eu não sei quanto a você mas uma das coisas que eu mais odeio fazer é pagar impostos para o governo, então por que motivo você escolheria voluntariamente abrir mão de mais da metade dos seus retornos ao investir e praticamente pagar um novo “imposto”, dessa vez aos fundos de investimento tradicionais?
Ray Dalio, considerado por muitos como o maior gestor de fundos hedge do mundo
Talvez se o seu dinheiro estiver investido em um fundo gerido pelos grandes gênios do mercado, pode valer pagar todas essas taxas pelo retorno que você vai ter, porém, como você já deve ter notado, esse não será o caso na imensa maioria das vezes. Primeiro porque esses gênios são raros, segundo porque, você provavelmente não terá acesso a eles. Ray Dalio, considerado por muitos o maior gestor de fundos hedge do mundo, através da sua empresa Bridgewater associates, nos últimos anos só tem aceitado investidores com pelo menos 100 milhões de dólares disponíveis para investir.
Se você tem 100 milhões de dólares pode investir com o ray, mas se não tiver, o caminho mais curto para a sua liberdade financeira é assumir responsabilidade sobre o seu dinheiro e aprender a investir e a boa notícia é que o primeiro passo você já deu se chegou até aqui, aprendendo a não acreditar mais nas mentiras contadas pelos grandes bancos e instituições financeiras muitas vezes para te empurrar produtos de investimentos que não estão alinhados com o seu melhor interesse. E a beleza disso tudo é que quando você começa a entender isso e começa a assumir total responsabilidade pelo seu futuro financeiro ao invés de abrir mão e confiar que um especialista possa fazer melhor do que você com o seu dinheiro, começa a adquirir a verdadeira mentalidade do investidor de alto sucesso. Porém ainda faltam alguns mitos e falácias sobre os investimentos que precisam ser superados antes que você tenha uma mente de investidor blindada e esteja preparado para investir com sucesso e de modo consistente.
Para obter altos retornos de investimento é necessário correr altos riscos. Será?
Outra falácia na qual muitas pessoas acreditam e que acaba sendo propagado e se alastrando com grande facilidade é o de que o mercado de ações e valores mobiliários é muito arriscado e que para obter bons retornos investindo o seu dinheiro em ações você precisa correr altos riscos.
Talvez essa visão venha muito das histórias de ganhos fabulosos na bolsa de valores que ocorrem do dia para a noite ou a ilusão que muitos iniciantes gostam de nutrir que, se acharem a válvula certa podem obter um retorno sobre o seu investimento absurdamente alto. Na maioria das vezes essa válvula acaba sendo o risco e isso acaba gerando na mente do investidor médio a noção de que, quanto mais risco correr, maiores serão os retornos.
Na realidade, o que realmente interessa é a relação risco/retorno que você irá correr ao investir. É claro que o investimento perfeito e mágico que muitas pessoas erroneamente buscam, que é capaz de gerar ganhos altíssimos e muito acima do mercado, com pouco ou nenhum risco, não existe. Entretanto, isso não significa que você precisa correr um risco estratosférico para obter excelentes retornos investindo na bolsa de ações.
O que você deve sempre buscar é a melhor relação risco e retorno. Para isso, o primeiro passo é decidir o quanto de risco você esta realmente disposto a correr a longo prazo e, a partir daí, buscar o tipo de investimento ou estratégia de investimento que ofereça o melhor retorno em função do risco que você escolheu.
Vamos falar mais sobre a relação entre risco e retorno e sobre como montar uma estratégia de investimentos visando obter a melhor relação possível mais para a frente. Por ora é necessário que você abandone a ideia de altos riscos e passe sempre a pensar em termos da relação risco/retorno que você pretende obter
2. Defina exatamente aonde você quer chegar, em números, com seus investimentos em ações
Agora que você já começou a abandonar velhas ideias sobre investimento que provavelmente lhe alimentaram ao longo da sua vida e começa a pensar como um verdadeiro investidor, o primeiro passo para que você possa começar a sua jornada de investimentos é definir exatamente qual é o seu objetivo final ao investir, e fazer isso de modo concreto e objetivo, colocando um número, um valor exato que você quer atingir com seus investimentos.
Para isso, é fundamental primeiro que você saiba o que é de fato atingir a liberdade financeira, caso ainda não saiba. Muitas pessoas tem a ideia quando começam a investir de que atingir a riqueza é ter uma grande quantidade de dinheiro. O problema com esse conceito é que, independentemente da quantidade de dinheiro que você tem, uma hora ele acaba e, assim, você nunca pode se considerar efetivamente rico ou possuir liberdade financeira simplesmente por atingir uma cifra considerável.
livro pai rico pai pobre, uma excelente leitura introdutória para os investimentos
A ideia de liberdade financeira então tem a ver com produzir uma fonte inesgotável de fluxo de receita para você mesmo e de modo totalmente passivo, de modo que você tenha a liberdade de fato de viver como quiser e trabalhar apenas se quiser, pois os rendimentos advindos dos seus investimentos estarão custeando o seu estilo de vida. Esse conceito é muito bem exposto no Livro Pai Rico pai pobre, do Robert Kyosaki, caso você queira se aprofundar mais.
Assim, para poder estabelecer a sua meta final nos investimentos, o primeiro passo a ser dado é determinar quanto você precisaria, mensalmente, para viver o estilo de vida que deseja. Não há resposta certa nesse passo. Você deve realmente pensar em quanto gostaria de ter disponível mensalmente para poder ter a possibilidade de viver a vida que quer.
Vamos supor então que você chegue a conclusão de que para ter um estilo de vida confortável precisaria de R$ 30 mil/mês. A partir daí você vai calcular qual o montante total de capital investido que será necessário para que, a partir da rentabilidade obtida em cima desse capital você possa ter acesso a esse montante de modo passivo mensalmente. Nesse exemplo, considerando um retorno anual de 12% e risco baixo, você precisaria acumular ao longo de anos investindo R$ 3 milhões para que então pudesse atingir a liberdade financeira e nunca mais se preocupar em ser obrigado a trabalhar para pagar as contas (12% de 3 milhões – 360 mil de retorno anual, dividido em 12 meses – 30 mil/mês).
Caso você seja mais ambicioso, vamos utilizar um outro exemplo. Digamos que você decida que quer ter alguns luxos extras e após alguns cálculos chegue ao valor de R$ 100 mil/mês. Digamos também que, nesse cenário você aceite um risco um pouco maior para obter um retorno significativamente maior de 20%. Nesse caso, você precisaria atingir um montante de R$ 6 milhões para atingir a independência financeira. (20% de 6 milhões – 1.2 milhão de retorno anual, em 12 meses – 100 mil/mês)
O valor especifíco que você deseja ter de retorno mensal vai variar em função do padrão de vida que você deseja ter, e pode ser maior ou mesmo menor do que os exemplos citados. O que importa é que você faça o cáculo de quanto precisaria ter por mês para o padrão de vida que deseja e, a partir daí, chegue ao valor final que precisa atingir como resultado dos seus investimentos ao longo dos anos.
Esse valor é o que irá definir o tipo de estratégia que será mais adequada para fazer com que você alcance a liberdade financeira. Ao mesmo tempo, é fundamental saber qual é esse valor pois ele irá balizar as suas decisões como investidor ao fazer você conhecer exatamente quais são os seus objetivos. Um coisa curiosa a respeito desta etapa é que quem a faz geralmente acaba descobrindo que precisa fazer muito menos dinheiro no mercado do que achava que precisaria para atingir a liberdade financeira.
3. Tome a decisão de investimentos mais importante da sua vida
Uma vez que você desenvolveu a mentalidade correta e já sabe exatamente aonde quer chegar com seus investimentos, chega a hora de dar o primeiro passo concreto rumo a sua liberdade financeira. Nessa etapa você vai decidir e, principalmente, se comprometer em separar um percentual determinado da sua renda mensal que será automaticamente destinada para sua conta de investimentos. Isso significa que esse montante será sagrado e destinado obrigatoriamente a investir, sem questionamento.
Eu recomendo que esse percentual seja de pelo menos 10% de sua renda líquida mensal. Além disso, em qualquer hipótese, você deve primeiro separar os 10% – ou qualquer outro percentual que você tenha escolhido – e destiná-los aos seus investimentos. Isso é importante porque, se você não fizer isso antes de começar a tocar no dinheiro, na imensa maioria das vezes você vai gastar todo o seu salário ou renda e descobrir que não sobrou nada para aplicar em ações naquele mês e isso é inaceitável pois vai te atrasar incrivelmente na sua jornada de investimentos.
Devido a composição dos retornos sobre o seu investimentos, o fator mais importante para ter sucesso investindo é a consistência. Todo mês você deve separar uma quantia fixa da sua renda disponível e investir, e ser capaz de fazer isso durante anos a fio, para que você possa efetivamente se aproveitar da força avassaladora da composição a longo prazo.
Novamente, eu vou frisar que isso deve ser um comprometimento absoluto em sempre separar aquela quantia fixa e investir, todos os meses, sem pensar duas vezes. Se você começar a abrir exceções, em pouquíssimo tempo se sentirá extremamente confortável em criar novas exceções e então já não estará fazendo aportes constantes para seus investimentos na bolsa e, com isso, se moverá de modo muito mais lento em direção a seus objetivos.
Mas quanto separar de minha renda mensal para meus investimentos na bolsa?
Essa é uma dúvida bastante comum, e a melhor resposta para ela é: o máximo que conseguir. O efeito de composição sobre seus retornos nos investimentos é tão forte a longo prazo que qualquer aumento no seu aporte mensal que você puder fazer vai gerar um resultado significativamente maior e fazer você economizar muitos anos até chegar ao patamar que definiu para si mesmo no passo 2 acima.
O absoluto mínimo é 10% e isso é inegociável. Isso porque se você realmente estiver comprometido a se tornar um investidor mas não consegue separar apenas 10% da sua renda mensal para investir todos os meses, há alguma coisa de muito errado. A partir dos 10%, você deve fazer um esforço progressivo para conseguir investir um percentual cada vez maior da sua renda pois, acredite, isso irá acelerar e muito a obtenção dos resultados que você busca investindo na bolsa de valores.
Se você realmente não consegue de modo algum investir mais do que 10% da sua renda mensal, pois sua renda esta no limiar das suas despesas obrigatórias mensais (Seja sincero, se há gastos muito supérfluos que podem ser destinados aos investimentos, faça isso), uma boa solução é que você se comprometa a investir um percentual maior quando a sua renda aumentar. Então você pode começar se comprometendo com 10%, mas se comprometer também a aumentar para 15% quando receber o seu próximo aumento, e talvez 20% mais a frente quando sua renda estiver ainda maior. O percentual futuro a que você vai se comprometer depende de você mesmo, mas nunca se esqueça, de que quanto mais fome de atingir seus resultados nos investimentos você tiver, maior deverá ser o percentual destinado da sua renda aos seus investimentos.
Para finalizar essa seção, vale contar uma rápida história inspiradora para quem se julga incapaz de conseguir ter essa disciplina ou acha que não tem como poupar mais. John Marks Templeton era um jovem de origem humilde nascido em 1912 no tennesse, nos EUA. Em um dado momento da sua vida, teve de abandonar a faculdade pois não tinha dinheiro para pagar a faculdade. Desde criança, John era fascinado com o poder exponencial da poupança constante aliada ao bom investimento e, assim, apesar de mal ter dinheiro para se sustentar direito, tomou a decisão de poupar 50% de seu salário e investir em ações.
Sir john Templeton
Esse comprometimento inabalável aliado a estratégia de investimentos que adotou baseada em fugir da irracionalidade – pessimista ou otimista – do público investidor em geral tornou John um dos maiores investidores de todos os tempos, conquistando um fortuna de bilhões de dólares e sendo considerado por muitos como o maior investidor do século 20. Com o sucesso maciço nos investimentos John se tornou um filantropo, tendo doado centenas de milhões de dólares ao longo dos anos, algo que lhe rendeu da coroa britânica o título de “sir”, tornando-se Sir John Templeton, um dos maiores investidores de todos os tempos.
Ainda hoje após a sua morte em 2008, a John Templeton foundation continua o trabalho filantrópico de seu fundador, doando cerca de 70 milhões de dólares todos os anos para causas humanitárias.
4. Monte sua estratégia de investimentos em ações
Com os três pilares da sua carreira de investidor bem alinhados – mentalidade adequada, objetivo definido e o comprometimento em investir consistentemente, o próximo passo lógico para investir na bolsa de valores é montar a sua estratégia de investimentos.
Este talvez seja a parte que mais pode levar tempo e foge do escopo desse artigo fornecer uma estratégia completa para que você invista em ações pois existem mais variáveis a serem consideradas do que poderíamos falar aqui de modo satisfatório.
Então vamos aos princípios básicos de investimento que irão lhe auxiliar na sua estratégia. O primeiro princípio é um sobre o qual já falamos a respeito nesse artigo e trata a respeito da relação risco/retorno nos seus investimentos.
Antes de qualquer coisa, para ser um bom investidor você deve conhecer a si próprio e saber especialmente qual é o seu grau de tolerância ao risco. Esse é o ponto de partida pois uma variável que a maioria dos investidores não percebe e que é vital para o seu sucesso como investidor é o quão confortável você se sente com sua estratégia de investimentos. Se você é um investidor com perfil mais conservador e tenta aplicar uma estratégia de risco médio a alto, você tende a fracassar, ainda que seja uma excelente estratégia e possua potencial de lhe gerar altos retornos. Isso porque, na prática, você provavelmente não suportará a oscilação do mercado e acabará tomando decisões impulsivas que irão lhe prejudicar, tudo porque tentou aplicar uma estratégia que não tinha qualquer “encaixe” com quem você é, entendeu?
Por isso é de grande importância primeiro conhecer a si mesmo e o seu perfil de risco como investidor. Querer investir em criptomoedas, como bitcoins por exemplo, e não ser o tipo de pessoa que consegue se manter perfeitamente fria em meio a volatilidade caótica desse mercado, é a receita certa para torrar seu dinheiro e se frustrar. Aqui cabe uma advertência: A grande maioria das pessoas acha que tem uma tolerância ao risco muito maior do que realmente tem, portanto reflita com cuidado sobre isso e tente descobrir que tipo de investidor você realmente é.
Outro princípio de fundamental importância é a gestão de risco. Essa parte costuma ser ignorada por investidores iniciantes, que muitas vezes tem a percepção de que, ao aprenderem como investir na bolsa, terão a capacidade de escolher boas ações que subirão constantemente. A realidade entretanto é que, por melhor que você consiga escolher ações nas quais investir, o que você faz é aumentar a probabilidade de que a escolha gere resultados, entretanto o mercado sempre tem um fator de caos e aleatoriedade incipiente, e não há garantias de que suas escolhas, por melhores que sejam, te gerem retorno financeiro. Por isso é fundamental que você saiba como gerenciar esse risco que você sempre irá correr ao investir – limitando-o e controlando seus efeitos em caso de algo dar errado.
A forma primordial de gerir o seu risco é através da correta alocação de ativos. É uma ideia simples, mas fundamental de ser aplicada e que, muitas vezes por si só, pode ser a diferença entre ter uma carteira de ações que desempenha bem a longo prazo e de modo consistente e fracassar no mercado de ações.
A alocação de ativos também é um assunto muito rico e impassível de ser explorado de modo completo nesse artigo, mas a ideia central é determinar percentuais específicos do seu capital total investido para diferentes tipos ou classes de ações e ativos. Assim, você pode decidir que irá investir 60% do seu capital em ações e 40% em títulos de baixo risco com um retorno um pouco menor, como títulos do tesouro direto ou alguma modalidade de CDB. Você também deve promover a diversificação dentro das próprias ações que você escolheu investir, separando montantes para ações de empresas em diferentes setores, e ações com diferentes perfis de risco e volatilidade.
Fuja da manada!
Por fim, um último princípio fundamental para ser seguido na aplicação de qualquer estratégia de investimentos é sempre fugir do efeito manada. É fácil notar ao seu redor que as pessoas sempre tendem a se comportar de modo igual a como a maioria se comporta, pois isso lhe dá a sensação de segurança e conforto, afinal, se a maioria esta fazendo aquilo, deve ser o certo não? Sim, exceto quando não é. Esse comportamento instintivo que herdamos da época das cavernas pode ser uma das coisas mais destrutivas para um investidor. Na prática, o instinto de manada acaba fazendo com que ele compre ações quando já estão próximas do seu limiar de preço e as venda quando começam a despencar após uma correção do mercado, pois é exatamente isso que a maioria das pessoas no mercado fazem por medo, ansiedade, desespero e insegurança, gerando um efeito em cascata.
Ter sempre o efeito manada em mente e buscar desenvolver sua inteligência emocional para investir é algo que terá um impacto maciço no seu sucesso como investidor. Esse princípio, apesar de ser mais intangível e não uma técnica concreta para ser aplicada, é de fundamental entendimento para que você não seja aquele investidor que sempre se auto sabota no mercado e nunca entende porque não consegue obter os retornos que tanto busca.
5. Aplicar sua estratégia de investimentos de modo consistente
Por fim, depois de tudo que você aprendeu aqui, é importante sempre se manter focado no seu objetivo de longo prazo, e nunca abandonar a disciplina desenvolvida na busca pela sua liberdade financeira. Agora você já sabe que entregar a sua liberdade financeira nas mãos de terceiros não é uma opção viável, cabe a você assumir total responsabilidade sobre seus investimentos e iniciar sua jornada.
Para fazer isso da melhor maneira possível, é vital que você busque aprender ao máximo sobre a bolsa de valores e o investimento em ações. Muitos iniciantes cometem o erro de investir sem buscar conhecimento antes e com isso acabam se frustrando.
Eu mesmo quando comecei a investir na bolsa, há 9 anos atrás, comecei perdendo dinheiro, e não foi pouco.
Aprendi, da pior maneira, a importância de criar uma estratégia e segui-la metodicamente. Após esse início trágico eu simplesmente busquei tudo o que podia na internet e também li mais de 40 livros sobre investimentos e, aos poucos, fui melhorando.
O meu grande problema ai foi que apesar de eu estar estudando por meio de fontes de alta qualidade, a falta de sistematização de toda aquela informação, espalhada por dezenas de livros, tornava ainda muito difícil que eu conseguisse aplicar qualquer método de forma eficiente na pratica e, por isso, o processo foi vagaroso.
É exatamente este tipo de atitude de achar que pode fazer tudo sozinho que leva muitos, assim como eu, a “quebrar a cara” na primeira vez em que investem bolsa de valores, muitos inclusive atingindo a total ruína financeira, da qual jamais conseguem se recuperar.
Felizmente, após minha primeira frustração na bolsa de valores, consegui me recuperar e da segunda vez que comecei a investir voltei muito mais preparado e hoje felizmente sou um investidor que ganha dinheiro de maneira consistente investindo na bolsa.
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Para investir na bolsa de valores começando do zero, siga este guia básico: abra uma conta em uma corretora de valores, estude o mercado e defina seus objetivos financeiros. Em seguida, escolha ações com base em análise fundamentalista ou técnica, e diversifique sua carteira para minimizar riscos. Monitore seus investimentos regularmente e mantenha-se atualizado sobre as notícias econômicas.
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